Neste artigo pretendemos abordar a proposta do behaviorismo sem querer representá-lo como um sistema teórico coerente e acabado, mas sim como uma das numerosas tentativas de entender o ser humano. Como todo movimento intelectual, o behaviorismo carrega em si os efeitos da história que o moldou. Falar desta história implica considerar suas raízes, o impacto que causou na época de sua criação e as modificações que sofreu para se tornar o que é hoje.
É importante ressaltar que o behaviorismo é uma das grandes tradições que deram direção ao que conhecemos hoje como a psicologia científica. Trouxe idéias inovadoras a respeito da natureza do homem e de como estudá-lo. Seus preceitos básicos foram alvos de crítica indignada e entusiasmo secretário.
Apesar desta semelhança de família, a distância entre duas teorias integrantes da tradição behaviorista é, às vezes, notável. Ao tratar das bases epistêmicas do behaviorismo moderno, e da questão de como este se defronta com os temas complexos da Psicologia contemporânea, é impossível ignorar esta pluralidade. Logo, é preciso concordar com Eysenck (1972) que qualquer característica que seria avançada para definir o movimento como um todo, é necessariamente questionável. Moderatto e Ziino (1994) salientam que o Behaviorismo deve ser entendido como uma família de posições teóricas, que entre elas são contrastantes e diversas, mas que possuem certa semelhança ("family resemblance" para usar o conceito de Wittgenstein) entre elas.
A abordagem hipotético-dedutiva de Hull, trazida por Eysenck para a terapia comportamental, é diametralmente oposta à estratégia indutiva de Skinner. A primeira faz ciência testando hipóteses e privilegiando métodos estatísticos para processar dados colhidos em amostras representativas (Hull, 1953; Eysenck, 1959/1994), enquanto a segunda constrói conhecimento de maneira indutiva, a partir de regularidades observadas em estudos onde o sujeito único é seu próprio controle (Skinner, 1938). O behaviorismo radical trabalha com eventos privados, mas?T`?? Exclui noções mentais (Skinner, 1945) enquanto o behaviorismo teleológico de Rachlin (1994) e o operacionalismo de Tolman (1932) usam conceitos de tendência mentalista, mas excluem o que a pessoa sente dentro de si como dada a ser considerado.
Como podemos então entender o que é o Behaviorismo? Moderato e Ziino (1994) enfatizam que o Behaviorismo como quadro referencial foi articulado desde o início em diferentes níveis. Primeiro, foi concebido como uma ciência que estuda eventos e processos sob condições específicas, como acontece nas outras ciências que estudam o comportamento de planetas, células ou partículas atômicas. Segundo, é uma filosofia da ciência porque define quais tipos de perguntas são legítimas na pesquisa e o método a partir do qual se deve respondê-las. Em terceiro lugar, é uma filosofia da mente porque formula pressupostos sobre a natureza humana. Finalmente, representa um conjunto de valores que devem ser considerados como uma ideologia dentro da Psicologia.
Buscando entender o behaviorismo, precisamos prestar atenção ao entrelaçamento destes diferentes níveis. Precisamos, para começar, localizar o behaviorismo no meio da diversidade de posições paradigmáticas que propõem estudar o ser humano.
Disponível em:
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php pid=S151755452001000200002&script=sci_arttext
Produzido por:
Marla Viega; Luc Vandenberghe1
Equipe: Hudson, Eduardo, Sara, Wallyson
Responsável pela postagem: Monique
É importante ressaltar que o behaviorismo é uma das grandes tradições que deram direção ao que conhecemos hoje como a psicologia científica. Trouxe idéias inovadoras a respeito da natureza do homem e de como estudá-lo. Seus preceitos básicos foram alvos de crítica indignada e entusiasmo secretário.
Apesar desta semelhança de família, a distância entre duas teorias integrantes da tradição behaviorista é, às vezes, notável. Ao tratar das bases epistêmicas do behaviorismo moderno, e da questão de como este se defronta com os temas complexos da Psicologia contemporânea, é impossível ignorar esta pluralidade. Logo, é preciso concordar com Eysenck (1972) que qualquer característica que seria avançada para definir o movimento como um todo, é necessariamente questionável. Moderatto e Ziino (1994) salientam que o Behaviorismo deve ser entendido como uma família de posições teóricas, que entre elas são contrastantes e diversas, mas que possuem certa semelhança ("family resemblance" para usar o conceito de Wittgenstein) entre elas.
A abordagem hipotético-dedutiva de Hull, trazida por Eysenck para a terapia comportamental, é diametralmente oposta à estratégia indutiva de Skinner. A primeira faz ciência testando hipóteses e privilegiando métodos estatísticos para processar dados colhidos em amostras representativas (Hull, 1953; Eysenck, 1959/1994), enquanto a segunda constrói conhecimento de maneira indutiva, a partir de regularidades observadas em estudos onde o sujeito único é seu próprio controle (Skinner, 1938). O behaviorismo radical trabalha com eventos privados, mas?T`?? Exclui noções mentais (Skinner, 1945) enquanto o behaviorismo teleológico de Rachlin (1994) e o operacionalismo de Tolman (1932) usam conceitos de tendência mentalista, mas excluem o que a pessoa sente dentro de si como dada a ser considerado.
Como podemos então entender o que é o Behaviorismo? Moderato e Ziino (1994) enfatizam que o Behaviorismo como quadro referencial foi articulado desde o início em diferentes níveis. Primeiro, foi concebido como uma ciência que estuda eventos e processos sob condições específicas, como acontece nas outras ciências que estudam o comportamento de planetas, células ou partículas atômicas. Segundo, é uma filosofia da ciência porque define quais tipos de perguntas são legítimas na pesquisa e o método a partir do qual se deve respondê-las. Em terceiro lugar, é uma filosofia da mente porque formula pressupostos sobre a natureza humana. Finalmente, representa um conjunto de valores que devem ser considerados como uma ideologia dentro da Psicologia.
Buscando entender o behaviorismo, precisamos prestar atenção ao entrelaçamento destes diferentes níveis. Precisamos, para começar, localizar o behaviorismo no meio da diversidade de posições paradigmáticas que propõem estudar o ser humano.
Disponível em:
http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php pid=S151755452001000200002&script=sci_arttext
Produzido por:
Marla Viega; Luc Vandenberghe1
Equipe: Hudson, Eduardo, Sara, Wallyson
Responsável pela postagem: Monique
Postagem Originalmente feita em 17/03/2009
[Hudson, Eduardo, Sarah, Whallison]
ResponderExcluirEste artigo mostra aspectos importantes,inclusive visto na nossa sala pelo professor, ao abordar que na historia do behaviorismo ele passa por muitas criticas,sendo que algumas dessas ideias foram declaradas erradas, porém muitas foram de estrema importancia para a psicologia atual.é uma filosofia da ciência, pois procura responder perguntas a cerca do comportamento humano.
[Hudson, Eduardo, Sarah, Whallison]
ResponderExcluirComo ja foi citado, esse artigo define os importantes aspectos da historia do behaviorismo.Sendo bastante criticado, pois para se tornar o que é hoje sofreu grandes mudaças, e muitas das ideias behavioristas forao de extrema importancia para o desenvolvimento da psicologia da atualidade.desse modo podemos afirmar que o behaviorismo é uma ciencia que estuda eventos, que é uma filosofia da ciencia , e que também é uma filosofia da mente.E para que seja possivel entender os diferentes níveis do behaviorismo, e também localizar o mesmo em meios diversos é preciso atençao nessa diversidades que é proposta para estudar o homem.
Equipe: Ângela Mágda e Ludimila Francisca.
ResponderExcluirEntão, se fossemos definir o behaviorismo por exemplo segundo Watson, em 1913, eu chegaria a uma definição mais ou menos do seguinte tipo: "O behaviorismo é o estudo do comportamento observado". Então, nesse sentido, ele é mais ousado porque Watson tinha uma característica de personalidade bastante agressiva e segundo ele, não existiria outra psicologia. Se deixasse por conta de Watson, ele tornaria o behaviorismo igual a psicologia. Psicologia só existe se for o estudo do comportamento observado e aqui está implícito também, quando ele fala de comportamento observado por dois ou mais observadores, a influência positivista (ele não fala, mas está implícito). O que quer dizer, como conseqüência, que ele não dava espaço para uma psicologia introspectiva.
Equipe: Pollyanne, Daniel, Isabella, Jésica
ResponderExcluirEste texto apresenta as raizes, o inicio do behaviorismo como filosofia da ciência, diz sobre as criticas e evoluções que sofreu, e o mostra como um conjunto de valores que devem ser considerados como uma ideologia dentro da Psicologia.
Equipe: Marcela Amaral, Monique Xavier e Sílvia Hiolanda
ResponderExcluirAo decorrer deste artigo conseguimos entender que o behaviorismo não é apenas uma teoria, mas sim inúmeras tentativas de compreensão do ser humano. E como todo movimento intelectual, tem toda uma história, criação, modificação e impactos. O behaviorismo deu uma direção ao que hoje conhecemos como a psicologia cientifica, trazendo assim idéias inovadoras sobre o comportamento do ser humano e como estudá-lo.
Existem tipos de Behaviorismo, como o de Hull, que é o hipotético- dedutivo ( oposta a estratégia indutiva de Skiner); Behaviorismo teleológico de Rachlin, o operacionalismo de Tolman, dentre outros. Sendo assim, podemos nos questionar como podemos entender o Behaviorismo é uma ciência que estuda eventos e processos sob condições específicas, é uma filosofia da ciência da analise do comportamento porque define o que quer saber e como obter o que quer; é também uma filosofia da mente porque formula implicações sobre o ser humano. Em fim, é um conjunto de valores que deve ser considerado como uma ideologia dentro da Psicologia.
O behaviorismo é, pelo que entendemos, uma maneira de conhecer, entender e explicar o comportamento humano diferenciada das outras linhas da psicologia.
Os autores neste artigo, mostram o behaviorismo como uma das formas de conhecer o ser humano, que apos sofrer mudanças é considerado uma das grandes tradições da psicologia cientifica, trazendo ideias inovadoras de como estudar o homem e sua natureza. mostra ainda diferenças basicas entre o behaviorismo Radical e outras formas de Behaviorismo, em suas bases epstemiologicas e abordagens, o Moderno traz abordagem hipotetico-dedutivo enquanto o Radical de Skinner contrói conhecimento de maneira indutiva, entre outras. deixam claro que para entender o Behaviorismo radical é preciso entender o que não é behaviorismo Radical.
ResponderExcluirEquipe do comentario acima: Adriana, Ana Francisca, Andreia, Nagila e Rayssa.
ResponderExcluirEquipe:Brunella,Édila,Elisa e Iriene.
ResponderExcluirEsse artigo reforça a idéia de que para o Behaviorismo chegar como filosofia da Ciência,com todo esse mérito na aréa da Psicologia por ajudar a desenvolver está,o Behaviorismo sofreu várias mudanças,e várias criticas,mas fato que foi de extrema importância para o desenvolvimento dessa ciência.
Equipe: Laura, Marta, Rafaela e Rosilene
ResponderExcluirO behaviorismo radical de Skinner é, muitas vezes criticado de forma indevida e até preconceituosa. Muitas destas críticas, na verdade, são críticas à psicologia de Watson e não ao behaviorismo radical. O entendimento das diferenças entre os modos idealista e materialista de pensar ajuda a esclarecer a maneira de estudar e compreender o comportamento para o behaviorismo radical, bem como a sua posição antimentalista.
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