sábado, 28 de março de 2009

Behaviorismo

Há diversas teorias psicológicas sobre o comportamento humano. O ‘internalismo’ postula que as causas do comportamento estão sediadas no interior do homem, seja em seu organismo ou em sua mente - nas memórias ou nas emoções. Skinner, ao propor o behaviorismo radical, opõe-se a esta visão, responsabilizando o meio ambiente pela conduta humana, trilhando assim caminho semelhante ao da Cibernética. O Behaviorismo – do termo inglês behaviour ou do americano behavior, significando conduta, comportamento – é um conceito generalizado que engloba as mais paradoxais teorias sobre o comportamento, dentro da Psicologia. Estas linhas de pensamento só têm em comum o interesse por este tema e a certeza de que é possível criar uma ciência que o estude, pois suas concepções são as mais divergentes, inclusive no que diz respeito ao significado da palavra ‘comportamento’. Os ramos principais desta teoria são o Behaviorismo Metodológico e o Behaviorismo Radical. Esta teoria teve início em 1913, com um manifesto criado por John B. Watson – “A Psicologia como um comportamentista a vê". Nele o autor defende que a psicologia não deveria estudar processos internos da mente, mas sim o comportamento, pois este é visível e, portanto, passível de observação por uma ciência positivista. Nesta época vigorava o modelo behaviorista de S-R, ou seja, de resposta a um estímulo, motor gerador do comportamento humano. Watson é conhecido como o pai do Behaviorismo Metodológico ou Clássico, que crê ser possível prever e controlar toda a conduta humana, com base no estudo do meio em que o indivíduo vive e nas teorias do russo Ivan Pavlov sobre o condicionamento – a conhecida experiência com o cachorro, que saliva ao ver comida, mas também ao mínimo sinal, som ou gesto que lembre a chegada de sua refeição. Assim, qualquer modificação orgânica resultante de um estímulo do meio-ambiente pode provocar as manifestações do comportamento, principalmente mudanças no sistema glandular e também no motor. Mas nem toda conduta individual pode ser detectada seguindo-se esse modelo teórico, daí a geração de outras teses. Eduard C. Tolman propõe o Neobehaviorismo Mediacional ao publicar, em 1932, sua obra Purposive behavior in animal and men. Na sua teoria, o organismo trabalha como mediador entre o estímulo e a resposta, ou seja, ele atravessa etapas que Tolman denomina de variáveis intervenientes - elos conectivos entre estímulos e respostas -, estas sim consideradas ações internas, conhecidas como gestalt-sinais. Esta linha de pensamento conduz a uma tese sobre o sistema de aprendizagem, apoiada sobre mapas cognitivos – interações estímulo-estímulo – gerados nos mecanismos cerebrais. Assim, para cada grupo de estímulos o indivíduo produz um comportamento diferente e, de certa forma, previsível. Tolman, ao contrário de Watson, vale-se dos processos mentais em suas pesquisas, reestruturando a linha mentalista através da simbologia comportamental. Ele via também no comportamento uma intencionalidade, um objetivo a ser alcançado, com traços de uma intensa persistência na perseguição desta meta. Por estas características presentes em sua teoria, este autor é considerado, portanto, um precursor da Psicologia Cognitiva. Skinner criou, na década de 40, o Behaviorismo Radical, como uma proposta filosófica sobre o comportamento do homem. Ele foi radicalmente contra causas internas, ou seja, mentais, para explicar a conduta humana e negou também a realidade e a atuação dos elementos cognitivos, opondo-se à concepção de Watson, que só não estendia seus estudos aos fenômenos mentais pelas limitações da metodologia, não por eles serem irreais. Skinner recusa-se igualmente a crer na existência das variáveis mediacionais de Tolman. Em resumo, ele acredita que o indivíduo é um ser único, homogêneo, não um todo constituído de corpo e mente. O behaviorismo filosófico é uma teoria que se preocupa com o sentido dos pensamentos e das concepções, baseado na idéia de que estado mental e tendências de comportamento são equivalentes, melhor dizendo, as exposições dos modos de ser da mente humana é semelhante às descrições de padrões comportamentais. Esta linha teórica analisa as condições intencionais da mente, seguindo os princípios de Ryle e Wittgenstein. O behaviorismo não ocupa mais um espaço predominante na Psicologia, embora ainda seja um tanto influente nesta esfera. O desenvolvimento das Neurociências, que ajuda a compreender melhor, hoje, o que ocorre na mente humana em seus processos internos, aliado à perda de prestígio dos estímulos como causas para a conduta humana, e somado às críticas de estudiosos renomados como Noam Chomsky, o qual alega que esta teoria não é suficiente para explicar fenômenos da linguagem e da aprendizagem, levam o Behaviorismo a perder espaço entre as teorias psicológicas dominantes.

Texto escrito por Ana Lucia Santana.


Equipe: Daniel, Isabella, Jéssica, Pollyanne
Responsável pela postagem: Monique
Postagem originalmente feita em 14/03/2009

8 comentários:

  1. Equipe: Ângela Mágda, Ludimila Francisca.
    Entendemos o Behaviorismo como conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da psicologia. Comportamento geralmente é definido por meio das unidades analíticas respostas e estímulos. O Behaviorismo Clássico apresenta a psicologia como um ramo puramente objetivo e experimental das ciências naturais. A finalidade da psicologia seria, então, prever e controlar o comportamento de todo e qualquer indivíduo. Para o Behaviorista Clássico, um comportamento é sempre uma resposta a um estímulo específico. Edward C. Tolman, primeiro psicólogo do comportamentalismo tradicionalmente chamado Neobehaviorismo Mediacional. Tolman propõe um novo modelo behaviorista se baseando em alguns princípios dissoantes perante a teoria watsoriana. O Behaviorismo Radical seria uma filosofia da ciência do comportamento. Skinner jamais negou em sua teoria a existência dos processos mentais mas afirma ser improdutivo buscar nessas variáveis a origem das ações humanas. O condicionamento operante difere do condicionamento respondente de Pavlov e Watson porque, no comportamento operante, o comportamento é condicionado não por associação reflexa entre estímulo e resposta, mas sim pela probabilidade de um estímulo se seguir à resposta condicionada.

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  2. Equipe: Daniel, Pollyanne, Isabella, Jéssica
    Skinner diz que o behaviorismo não é ciência do comportamento humano, mas sim, a filosofia dessa ciência. Sendo assim, não podemos comparar o behaviorismo radical com psicanálise,psicologia cognitiva, uma vez que o behaviorismo radical não é uma abordagem psicológica. O behaviorismo radical simplesmente fornece o embasamento filosófico da análise do comportamento.

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  3. Este texto aponta o behavorismo,que é uma filosofia da ciência analise comportamental,onde é dividido em behavorismo metodologico e o behaviorismo radical. No behaviorismo radical, Skinner nega radicalmente a causalidade mental, ou seja, nega o mentalismo, rejeita o dualismo de um mundo interno e externo e propoe uma ciencia baseada em um unico mundo,é caracterizado tambem pelo pragmatismo. Já o behaviorismo metodológico(Watson) caracterizado pelo realismo,pois o comportamento real ocorre no mundo real, sendo acessivel indiretamente atráves dos sentidos,descreve os eventos comportamentais bem mecânicos, o mais próximo da fisiologia,dualismo, objetiviade (mundo externo) e subjetividade(mundo interno).

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  4. O behaviorismo radical não crê em teorias como a da internalismo. Afirma que o meio ambiente é o real responsável pelo comportamento humano. O que as várias linhas de pensamento do behaviorismo têm em comum é o fato de que acreditam que é possível uma ciência que estude o comportamento. Há, no entanto, divergências até quanto ao que corresponde o termo comportamento.
    Watson, pai do behaviorismo metodológico, postula a possibilidade de prever e controlar toda conduta humana, baseado no estudo do meio em que o individuo vive. Já Skinner, na década de 40, criou o behaviorismo radical. Radicalmente contra causas internas como explicação para o comportamento humano, opôs-se a Watson quando negou a atuação de elementos cognitivos. Skinner acreditava que o homem era único e não constituído de duas partes distintas (mente e corpo)
    Atualmente o behaviorismo não ocupa um espaço dominante na psicologia, mas ainda conserva suas influências.

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  5. Equipe: Ana Francisca, Andreia, Adriana,Nágila e Rayssa.

    Neste artigo, Santana faz uma abordagem sussinta e histórica das várias correntes do behaveorismo, não explica de forma clara os objetivos e teorias do behaviorismo radical propostos por Skinner e deixa a desejar a explicação de "radical" proposto por Skinner, também não levando em conta as grandes contribuições deixadas para a psicologia científica.

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  6. Equipe:Brunella,Édila,Elisa e Iriene.

    O texto fala que há diversas teorias psicológicas que falam sobre o comportamento humano e que nenhum desses pode ser comparado com o Behaviorismo radical.Fala da TEORIA de
    Skinner onde behaviorismo não é ciência do comportamento humano,e mostra que este naum acreditava que o homem era constituído apenas por corpo e mente.

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  7. Equipe: Laura, Marta, Rafaela e Rosilene

    O Behaviorismo Metodológico,consiste na teoria explicativa do comportamento publicamente observável da Psicologia, a qual postula que esta deve ocupar-se do comportamento animal (humano e não humano) apenas quando for possível uma observação pública para obter uma mensuração, ao invés de ocupar-se dos estados mentais que possam gerar ou influenciar tais comportamentos. Assim o behaviorismo metodológico acredita na existência da mente, mas a ignora em suas explicações sobre o comportamento. Para o behaviorismo metodológico os estados mentais não se classificam como objetos de estudo empírico. Seus postulados foram formulados predominantemente pelo psicólogo americano John Watson.

    Em oposição ao Behaviorismo metodológico foi proposto o Behaviorismo radical, desenvolvido por Burrhus F. Skinner,o Behaviorismo Radical consiste numa filosofia da Psicologia, a qual se propõe a explicar o comportamento animal (humano e não humano) com base no modelo de seleção por consequências e nos princípios do comportamento postulados pela Análise Experimental do Comportamento.
    O behaviorismo filosófico consiste na teoria analítica que trata do sentido e da semântica das estruturas de pensamento e dos conceitos. Defende que a idéia de estado mental, ou disposição mental, é na verdade a idéia de disposição comportamental ou tendências comportamentais. Nesta concepção, são analisados os estados mentais intencionais e representativos. Esta linha de pensamento fundamenta-se basicamente nos postulados de Ryle e Wittgenstein.

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  8. equipe:[Hudson,Whalyson,Eduardo, Sara]

    texto mostra a oposição primeiramente do behaviorismo radical ao internalismo,ou seja ele não acredita naquilo que vem do interno, da subjetividade, acredita e aposta sim na objetividade do comportamento.o texto mostra grandes oposições entre o behaviorismo metodológico de Watson e o behaviorismo radical de Skiner.Skiner não acreditava no corpo e mente ele apostava sim no que era visivel aos olhos dos outros ,ou seja comportamentos observaveis,já Watson acreditava que os comportamentos vinham de dentro para fora.

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